A FEIRA DO RATO, UM PATRIMÔNIO CULTURAL

Raí Alves Bahia dia a dia - 19/08/2013 - 14:18
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Itabela - Uma ótima opção para sair de casa aos domingos, gastando pouco é visitar a “Feira do Rato” em Itabela, a tradicional feira onde os visitantes encontram uma grande diversidade de produtos à venda, lá tem de tudo de hortaliças, a bolsas, calçados, roupas, bijuterias, utilidades eletrônicas entre outros.

O visitante pode conferir o espetáculo único dos feirantes gritando suas frases criativas para mostrar a qualidade dos seus produtos e preço é um dos grandes atrativos da feira, chamando a atenção de compradores através de suas performances.

Na feira do rato podemos encontrar figuras históricas, que de seu modo contam historias bastante significativas sobra feira dentre estas; Dona Alzira do pastel, uma gentil senhora  que ainda vende suco de “Kisuco”, cavaco e sonho,  ela nos  conta que acorda ás 4 da manha  para preparar  seus quitutes e, sorridente  lembra que já fazem  20 anos de feira do Rato e que com este dinheirinho criou seus oito filhos .

Na Feira todos cultivam, relações de confiança, troca de amizade, o local não existe só pela comercialização de produtos mas também como integração entre as pessoas  em sua maioria conhecidas e neste ambiente  ocorrem  fofocas, lembranças, preservação dos costumes e da rotina (já que ocorrem todos os domingos)   mantendo viva  as relações com a comunidade.

Dentre as pessoas que mantem viva está feira, podemos destacar: A barraca do som, Jeferson,  Zé  do Tempeiro, D. Celma, Nilsão, Seu Madruga, Cesar,  Agnaldo do taxi, Peixoto, Manuel de Binha, D. Maria do Caldo  e o casal Adélia e Jojo  que frequentam há anos ,  destacam a feira do rato como um lugar  de visitar e fazer amigos .

Segundo alguns relatos a feira do rato surgiu porque os vendedores ambulantes de Guaratinga traziam suas mercadorias para venderem em Itabela e como não tinham um local apropriado se concentraram na rua Pero Vaz de Caminha. Quanto ao nome feira do rato uns dizem folcloricamente que se deu devido a um roubo de uma calcinha por uma jovem, daí surge o nome feira do rato.

Ao contrario do que alguns pensam, a feira do Rato durante os domingos movimenta a economia local favorecendo aos pequenos e médios comerciante que ali se concentram cabendo ai um olhar mais cuidadoso do poder público e aos grandes empresários,  no sentindo de estruturar o local com cobertura, latas de lixo, e  saneamento básico,  tudo isso sem que a feira perca a sua maior característica  que e de ser popular e hospitaleira  transformando num cartão postal.

Segundo a Constituição brasileira, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver. Portanto, Feira do Rato é nosso patrimônio  Cultural e Antropológico.

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