Bahia lidera produção nacional de cacau e impulsiona economia regional

BAHIA.BA - 25/09/2024 - 11:06
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A Bahia é destaque na produção nacional de cacau. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o estado produziu 139.011 toneladas de amêndoas de cacau, um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior.

De acordo com os dados do Valor Bruto da Produção Agropecuária, calculados pelo MAPA em agosto de 2024, relacionados ao preço do cacau, o valor bruto de produção do cacau passou de 1,9 bilhão em 2023 para uma previsão de 5,4 bilhões em 2024, subindo da 6ª posição no ranking estadual das culturas agrícolas para a 3ª posição. A soja ocupa o primeiro lugar, com 14,2 bilhões, seguida pelo algodão, com 6 bilhões.

A retomada da liderança é um marco importante para a economia baiana, especialmente para os territórios produtores como o Litoral Sul e o Baixo Sul, que se destacam entre os maiores produtores do estado, com ênfase nos municípios de Ilhéus, Wenceslau Guimarães e Ibirapitanga.

Embora o Pará não tenha mais a maior produção total, concentra os três maiores municípios produtores: Medicilândia (44.178 toneladas), Uruará (21.266 t) e Placas (12.788 toneladas). A Bahia aparece na sequência, com Ilhéus (8.961 toneladas, 4º maior produtor), Wenceslau Guimarães (8.775 t, 5º maior) e Ibirapitanga (8.655 t, 6º maior produtor).

Os resultados para o setor do cacau na Bahia podem continuar em destaque nos próximos anos, considerando a expansão da produção em novas áreas não tradicionais, como a região oeste do estado, o investimento e a reestruturação da conservação produtiva e da produtividade nas áreas tradicionais, a ampliação do mercado mundial de consumo de chocolate e derivados e os projetos em desenvolvimento no estado, como o Parceiros da Mata, CompensAÇÃO, GEF Cabruca, Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas em Sistemas Agroflorestais na Produção de Cacau, Plano de Agricultura de Baixo Carbono – Plano ABC+ Bahia e o Plano Inova Cacau, que somam mais de 1 bilhão de reais.

Atrelado a esse cenário positivo para a agenda do cacau, a SEAGRI atualizou a Câmara Setorial do Cacau da Bahia, que reúne diversos representantes e segmentos do setor atuando em prol do desenvolvimento do cacau no estado.

Em um cenário global marcado pela instabilidade climática e pela concorrência de outros países produtores, a retomada da liderança brasileira ganha ainda mais relevância. A Costa do Marfim, principal produtora mundial, sofreu com condições climáticas adversas em 2023, após o fenômeno climático El Niño, o que impactou sua produção. Além disso, há uma previsão de necessidade de mais 1 milhão de toneladas de amêndoas de cacau nos próximos 10 anos.

“A Bahia se posiciona como uma alternativa segura e confiável para a pauta do cacau e chocolate mundial. Nossa produção é sustentável, respeita o meio ambiente, possui infraestrutura logística e oferece ao mercado produtos de alta qualidade com reputação e origem”, destacou Thiago Guedes, secretário em exercício da Agricultura do Estado da Bahia.

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