Foto: Márcio Hack Fiscais do IBAMA acompanhados de um polícial da COPPA embargaram o Hotel na manhã desta terça-feira (26/11)
Uma equipe de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) embargou, na manhã terça-feira (26/11), o funcionamento do empreendimento hoteleiro La Isla Ecoresort em Prado, extremo sul da Bahia.
Acompanhado de uma equipe de policias da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), os fiscais do IBAMA embargaram o empreendimento.
Segundo informações, o banco Sofisa, que detém os direitos sobre o hotel, após assumir uma dívida de R$30 milhões dos antigos donos, chegou a apresentar um projeto no valor de R$2 milhões para tentar conter o avanço do mar, que já destruiu parte do empreendimento despejando toneladas de entulhos no fundo do Rio Jucuruçu. Mas esse projeto não foi liberado, se encontra embargado e o hotel terá de ser fechado por falta da licença ambiental.
Restaurante e recepção do hotel já foram destruídos pelas águas
O La Isla Ecoresort, apesar de pertencer ao Banco Sofisa, é administrado pelo grupo Trust Hospitality, que opera hotéis nos Estados Unidos, América Latina e Caribe, e há dois anos no Brasil, administra o Zank Hotel e o Patachocas EcoResort, ambos em Salvador.
Atualmente o empreendimento emprega cerca de 180 funcionários e recebe cerca de 400 hóspedes semanais. Nas atuais condições, os riscos para os turistas que frequentam o local é grande. O mar já levou uma barraca de praia avaliada em cerca de R$100 mil reais, 3 piers de embarque e desembarque de turistas e já destruiu parte do restaurante, da recepção e uma academia avançando agora para um prédio de 3 andares que, se destruído e levado para o fundo do rio, representará um desastre ambiental de grande proporção.
Segundo o IBAMA, o hotel foi também notificado para que tome providências no prazo de 20 dias quanto aos entulhos, de forma a tentar removê-los e evitar mais prejuízos ao meio ambiente.
IBAMA manteve embargo à colocação de pedras para conter o avanço do mar
Perguntada sobre uma possível licença conseguida junto ao INEMA, órgão estadual de Meio Ambiente, a assessoria do grupo não enviou resposta até o fechamento desta reportagem.
Com reservas até o mês de julho, o hotel ainda não emitiu nota para falar sobre o ressarcimento de quem já pagou pelo pacote de verão que pode chegar a R$10 mil por uma semana de férias. Caso descumpra o embargo, hotel poderá ser autuado pelo crime de desobediência.