Em uma sessão que durou quase 10 horas, os deputados oposicionistas conseguiram aprovar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados. Ao todo, foram 367 votos a favor e 146 contra.
O processo agora segue para o Senado, onde de fato será analisado se a petista cometeu ou não crime de responsabilidade.“Se o Senado instaurar o processo aí a presidente ficará afastada por até 180 dias e o vice assume neste período. Se não analisarem até este prazo, ela retoma ao cargo.”, explica o procurador do Estado e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Miguel Calmon.
A votação no Senado será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e exige votos de dois terços (54 dos 81 senadores) para a condenação. Em caso de absolvição, a presidenta reassume o mandato de imediato. Se condenada, a presidenta é automaticamente destituída e o vice, Michel Temer (PMDB), assume até o fim do mandato. Dilma Rousseff ficará oito anos sem poder exercer cargo público.
VOTOS DA BAHIA
O estado da Bahia foi o vigésimo segundo a votar na sessão que dará continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os deputados que votaram a favor do impeachment foram: Antonio Imbassahy, Arthur Oliveira Maia, Benito Gama, Claudio Cajado, Elmar Nascimento, Erivelton Santana, Irmão Lazaro, João Gualberto, José Carlos Aleluia, Jutahy Junior, Lucio Vieira Lima, Márcio Marinho, Paulo Azi, Tia Eron e Uldurico Junior.
Os que votaram contra foram: Afonso Florence, Alice Portugal, Antonio Brito, Bacelar, Bebeto, Caetano, Daniel Almeida, Davidson Magalhães, Félix Mendonça Júnior, Fernando Torres, Jorge Solla, João Carlos Bacelar, José Nunes, José Carlos Araújo, José Rocha, Moema Gramacho, Paulo Magalhães, Roberto Britto, Ronaldo Carletto, Sérgio Brito, Valmir Assunção, Waldenor Pereira. Cacá Leão e Mário Negromonte Jr. se abstiveram.