“Com amor, dedicação e conhecimento técnico é possível trilhar um caminho de sucesso”, avaliou uma das poucas mulheres que atuam como advogadas criminalistas na Costa do Descobrimento. Janaina Panhossi, de 30 anos, vem ganhando destaque no ramo da advocacia por seus excelentes resultados nas causas que defende e por assumir uma postura ativa em face das prerrogativas.
Formada pela Unesulbahia desde 2012, com OAB 38.136, pós-graduada em Direito Penal e Criminologia, Janaina Panhossi atende no seu escritório na Rua Floriano Peixoto, centro de Eunápolis. Com o suporte de outros cinco advogados, o escritório reúne profissionais de todas as áreas do Direito para atender as necessidades de todos os públicos.
A advogada criminalista se sente realizada com o ofício que escolheu para realizar seus sonhos profissionais. “Me sinto orgulhosa em poder contribuir com a justiça e busco me aprimorar sempre, pois conhecimento é indispensável. Advogar é gratificante, o nosso trabalho é proteger os direitos e interesses da sociedade, garantidos pela legislação", ressaltou.
INÍCIO DA CARREIRA
O caminho para a advocacia começou ainda na infância. “Eu era líder de sala na escola e capitã de time, sempre procurando garantir os direitos dos grupos onde estava inserida”, relembrou Janaina. Com esse perfil de defensora, foi fácil escolher seguir a profissão de advogada: “Nunca tive dúvidas, sempre me identifiquei com a advocacia e, posteriormente, com a área criminal”, frisou.
A primeira tentativa de Janaina Panhossi em seguir o rumo da advocacia aconteceu quando ainda estava no 2° ano do ensino médio. “Consegui aprovação no vestibular na primeira tentativa, mas como tinha que concluir o ensino médio, tentei novamente no ano seguinte e conquistei outra aprovação”, contou.
Atuando como advogada criminalista há cinco anos, Janaina Panhossi relembra o início difícil. “Fiz muitos trabalhos dativos, acompanhamentos processuais e em delegacias para colocar em prática o que tinha aprendido durante o curso, e esse início foi fundamental e indispensável, porém, nesta profissão o aprendizado é diário”, salientou.
PRECONCEITO
Atuando num ramo de maioria masculina, Janaina Panhossi passou por preconceitos por ser uma mulher na área criminal. “Já tive muitas frustrações, senti falta de credibilidade por ser mulher, especialmente nos primeiros anos, mas enfrento os obstáculos com muita persistência, tenho objetivo de crescer na profissão e conquistar o meu espaço, o segredo é ter foco e dedicação”, destacou a advogada.
Além do preconceito por ser mulher, a advogada também sentiu certa resistência ao escolher a área criminal. “Muitos veem o criminalista como um advogado que defende bandido, mas na verdade nós estamos aqui para garantir um processo justo, pois todo cidadão tem direito à defesa, é uma garantia constitucional”, esclareceu Panhossi.
PERCEPÇÕES SOBRE O MERCADO
Segundo a advogada, a região possui excelentes escritórios de advocacia. “Eu me espelho em vários colegas, que são prestativos e compreensivos, para compor minha atuação de advogada. Juntos formamos uma classe fortalecida, que é porta-voz da sociedade no Judiciário, e contamos ainda com uma OAB atuante, um presidente que luta pelos interesses da classe, bem como, da sociedade de modo geral”, ressaltou a advogada.
Quanto às dificuldades enfrentadas em relação ao Poder Judiciário, Janaina Panhossi afirma que o problema é estrutural. “São poucos servidores para atender uma grande demanda, por isso os processos demoram tanto, prejudicando, principalmente, o cidadão a resolver suas questões”.
No entanto, apesar das dificuldades, Panhossi garante que advocacia é uma boa escolha profissional. “Há uma demanda é muito grande, então tem muito trabalho, não acredito que a profissão esteja saturada, pois desenvolvemos um trabalho de grande relevância para construir uma sociedade melhor”, finalizou.