O nível de atividade econômica na Bahia, também chamado de Produto Interno Bruto (PIB) Baiano, avançou 1,2% no segundo trimestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na comparação do segundo trimestre de 2018 com o trimestre imediatamente anterior, a variação em volume foi de 0,4%. A respeito do Brasil, os dados indicaram que houve expansão de 1% na comparação com o segundo trimestre de 2017. A Indústria e os Serviços cresceram 1,2%, enquanto a Agropecuária variou -0,4%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2018 (ajuste sazonal) o país cresceu 0,2%.
Ainda segundo os dados divulgados, o desempenho do PIB baiano no segundo trimestre de 2018 foi influenciado particularmente pelos bons números do setor agropecuário. Essa expansão é resultado do bom desempenho em culturas tradicionais e que tem grande peso na atividade econômica baiana no período, a exemplo da soja, que teve uma expansão de 12,3% na produção, assim como as culturas de algodão (37,1%), milho (18,3%) e cana de açúcar (44,8%).
Já o setor industrial continua registrando retração. No segundo trimestre, o setor apontou retração de -1,9%, com destaque para o recuo de -1,2% na atividade da transformação, sendo influenciado pela queda na produção de importantes subsegmentos (minerais não metálicos e outros produtos químicos). A construção civil também registrou taxa negativa (-4,8%), sendo afetada, sobretudo, pelo baixo nível na oferta de novos empreendimentos imobiliários. A extração mineral recuou 1,4%, particularmente pela redução da produção, por parte da Petrobras, de petróleo e gás. A alta foi verificada apenas na atividade de eletricidade e gás (+4,1%), devido ao aumento no nível do reservatório de Sobradinho.
O setor de serviços, principal da economia baiana, registrou expansão de 0,3% no segundo trimestre. Comércio (-1,4%), e transportes (-3,0%) foram os segmentos que registraram queda no setor. Já a administração pública, com o avanço de 2,1%, contribuiu de forma positiva para o valor adicionado do setor ser positivo.
Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, o segundo trimestre de 2018 apresentou alta de 17,8% na agropecuária e de 0,3% nos serviços. A retração verificada no trimestre ficou por conta da indústria, com -1,9%.
A respeito da economia nacional, a agropecuária brasileira foi o grande destaque negativo dentre os setores. A retração em volume foi de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na indústria, a transformação cresceu 1,8%, influenciada, principalmente, pela alta da produção veículos. A indústria extrativa cresceu 0,6%, resultado do recuo da extração de petróleo e de gás natural, compensada pelo aumento da extração de minérios ferrosos. A atividade de eletricidade e gás expandiu 3,1%, beneficiada pela alta do consumo de energia elétrica. Apenas a construção civil apresentou resultados negativos (-1,1%). Nos serviços, destaque para alta de 3,0% das atividades imobiliárias e avanço de 1,9% no comércio.