A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) e a Veracel, promoveram, nos dias 26 e 27 de outubro, um Workshop sobre as tendências para a apicultura do futuro, na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Estação Veracel. O evento, que aconteceu na Bahia pela primeira vez, teve o objetivo de fomentar o fortalecimento da produção de mel pelo país.
Representantes das empresas associadas à AMIF visitaram a Associação de Apicultores e Meio Ambiente de Guaratinga (ASAPMAG) e a Associação dos Apicultores de Eunápolis (ASOAPE), organizações apoiadas pela Veracel. Na ocasião, os representantes conversaram com os produtores locais e entenderam um pouco da produção baiana e de suas oportunidades e desafios. Atualmente, a Bahia é o 4º estado do Brasil em produção de mel.
"Esta é a primeira vez em que a AMIF reúne profissionais do setor florestal para a realização de um workshop sobre apicultura e meliponicultura. Essa era uma demanda antiga do setor, e agora, com a criação da Comissão Interna de ESG da nossa organização, conseguimos tirar o plano do papel. A AMIF é uma Associação mineira que trabalha justamente para incentivar a profissionalização dos colaboradores das empresas associadas, conforme previsto em seu mapa estratégico", explica Adriana Maugeri, Presidente Executiva da entidade.
No segundo dia do encontro, realizado na RPPN Estação Veracel, o especialista Ediney Magalhães fez uma palestra sobre as tendências da apicultura do futuro. No evento, os participantes puderam trocar informações sobre mercado, manejo e sustentabilidade. O evento ainda contou com a apresentação de cases de empresas, como a Veracel, que são exemplos de sucesso ao trazer suas melhores práticas florestais para apoiar a apicultura.
"A realização de um encontro como esse é de suma importância para agregar conhecimentos especializados e estratégias inovadoras. É preciso incentivar a integração sustentável da apicultura como parte integrante da gestão e da preservação dos recursos florestais", reforça Maugeri.
A coordenação de todo o evento foi feita pela AMIF, com o apoio dos demais membros da associação, entre eles, a Veracel.
“Essa foi uma importante iniciativa em que, pela primeira vez, diversos profissionais de empresas do setor florestal se reuniram para discutir sobre esta relevante cadeia produtiva, que gera trabalho e renda para diversas famílias", pontua a coordenadora de Responsabilidade Social da Veracel, Izabel Bianchi. “Como membro da AMIF, a Veracel se colocou à disposição para sediar o evento, bem como para articular o diálogo com os produtores. Acreditamos que é somente conhecendo a realidade das associações que podemos trazer mais assertividade em nossos investimentos e construir juntos um trabalho mais efetivo nos nossos territórios de atuação”, complementa Bianchi.
Apoio da Veracel à apicultura
A Veracel apoia, desde 2005, projetos de apicultura de famílias dos municípios de Eunápolis, Itabela, Guaratinga, Itagimirim e Belmonte. A empresa investe na capacitação dos apicultores participantes, com a doação de materiais, insumos, tecnologia e vestimentas adequadas, além de oferecer os materiais de segurança operacional usados pelos trabalhadores.
Com uma rede de parceiros e especialistas, a companhia também apoia a criação das associações de produtores e dá orientações para que a gestão dos negócios seja cada vez mais profissional.
Em 2019, a Veracel lançou um projeto de meliponicultora, que consiste na criação de abelhas sem ferrão. A iniciativa foi realizada na comunidade indígena pataxó Aldeia Meio da Mata e também em associações de apicultores de Eunápolis e Guaratinga. Contando com a parceira técnica com a DVM Consultoria Apícola, a companhia ofereceu kits apícolas e capacitação para o manuseio e a produção de mel orgânico de abelhas da espécie uruçu amarela (Melipona mandury).
Um dos aspectos mais vantajosos desse processo com abelhas sem ferrão é que ele pode ser feito de maneira segura nos quintais das casas, contribuindo para a disseminação da atividade entre os produtores. Os trabalhadores que participam da iniciativa podem dividir a produção dos enxames em três ou quatro vezes ao ano, sendo que cada enxame equivale a um salário mínimo.