Corredor ecológico unirá RPPN Estação Veracel e o Parque Nacional do Pau Brasil
A iniciativa facilitará a circulação de animais e sementes de plantas, contribuindo para a conservação da biodiversidade

ASCOM - Veracel - 11/10/2019 - 07:35
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Um projeto do terceiro setor brasileiro e mexicano, pautado em metas globais e ações locais voltadas à adaptação de pessoas e ecossistemas frente às mudanças do clima, recebeu quase 1 milhão de euros para implementação de ações para restauração em áreas prioritárias indicadas por Planos Municipais de Conservação e Restauração da Mata Atlântica – PMMA. O corredor ecológico que unirá a RPPN Estação Veracel e o Parque Nacional do Pau Brasil é uma das ações definidas no projeto. A iniciativa contribuirá para a restauração e conservação da biodiversidade local e seus ecossistemas, facilitando a circulação de espécies de fauna e flora e minimizando os efeitos negativos que afetam a qualidade de vida da população.

O plano de construir um corredor ecológico na região Sul da Bahia foi desenhado pela The Nature Conservancy e Instituto Bioatlântico, e financiado pela Veracel Celulose em 2016. A ANAMMA - Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, inscreveu, em parceria com a PRONATURA México a proposta do projeto no edital financiado pelo Euroclima+ (programa europeu que ajuda os países da América Latina a se adaptarem às mudanças do clima). Em 2018, a ação foi reconhecida pelo programa como prioritária para a conservação do meio ambiente e conquistou o recurso financeiro necessário para a sua execução. Em 2019, as ações deixam o estágio teórico e começam a ser executadas. "Este é o primeiro capítulo de uma importante história em benefício do meio ambiente e populações locais”, comemora Virgínia Camargos, coordenadora da RPPN Estação Veracel.

Para Mariana Gianiaki, consultora da ANNAMA e responsável pela proposta no Brasil, este é um movimento de ações voltado à adaptação das florestas, dos animais e da sociedade em geral às mudanças do clima. Com isso, a instituição pretende transformar estas ações em políticas públicas locais participativas que, necessariamente, devem ser acompanhadas e cobradas pela sociedade civil, por meio, por exemplo dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, como promove a iniciativa. Um dos próximos passos é a sensibilização dos proprietários de terras e moradores da região para a restauração florestal com nativas e sistemas agroflorestais, onde o corredor está inserido.

Em parceria com a proposta da ANAMMA, para realização do projeto na Bahia, a iniciativa conta com diversas entidades e órgãos públicos: Prefeituras Municipais de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, Parque Nacional do Pau Brasil, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (SEMA-BA), Movimento de Defesa de Porto Seguro (MDPS), Grupo Ambiental Natureza Bela e Ministério do Meio Ambiente (MMA). Todos esses atores e a Veracel estão juntos na viabilização do projeto, que prevê ações até dezembro de 2021.

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